Noite'nsa, de ar pesado e chuva tênue tosqueando o horizonte.
De pele nua sobre a cama, rosto cansado de marcas do tempo, tremendo de frio nos lençóis de algodão. Braço exposto, furos púrpuras de contragosto; o peito arfando em leve dificuldade, de ossos da costela marcando a pele flácida; ventre sem filhos suando frio, tetas sem leite secando nos mamilos moles. Os olho entreabertos procuram imagens no fundo da cabeça.
Ele suja os lençóis com as botas de terra da rua. Caído na cadeira puída, segura o cigarro com o indicador e o dedão, soprando fumaça que se espectra na luz do abajur de conchinhas da praia. O espectro de um sorriso esfumaça no canto da boca quando ele olha para o lado com olhos de brilho frio para ela.
A garota que, em gráfico de tempo-sonho, um dia foi a garota dos sonhos. Tocando o pescoço de madeira, a pele gelada da rua toca a pele fria da morte - ele sonha com um jardim na lua, ela lamenta a falta de sorte - para sussurro de poesia despoética no canto do ouvido. A voz dele perfura a escuridão.
Ah--, de costume as pupilas dilatam, a têmpora escorre, a jugular trava e pulsa. Engole em seco em desejo de conhaque, tão acostumada com o êxtase heróico que o ventre aborta as juras de dor. Sentado na cama, nana a espera como quem despeja areia n'olhos dela. Torce por uma última noite de devaneio nos lençóis, de castelo de areia onde ela lembra d'vagar pela praia.
Alucinando em meio sonho, ela escapa para o lado mais uma vez, em deslize de sangue contaminado. Ela vê ele entre seus peitos, sentido o queixo de barba que nasce pinicar a caixa toráxica e o resto do corpo descendo com o seu, misturando suores. De cabelo caído na cara, ele libera o sorriso de filho da puta para um passeio, com a saliva engrossando pra'zedar a boca. Daqui em diante é só veneno.
De pele nua sobre a cama, rosto cansado de marcas do tempo, tremendo de frio nos lençóis de algodão. Braço exposto, furos púrpuras de contragosto; o peito arfando em leve dificuldade, de ossos da costela marcando a pele flácida; ventre sem filhos suando frio, tetas sem leite secando nos mamilos moles. Os olho entreabertos procuram imagens no fundo da cabeça.
Ele suja os lençóis com as botas de terra da rua. Caído na cadeira puída, segura o cigarro com o indicador e o dedão, soprando fumaça que se espectra na luz do abajur de conchinhas da praia. O espectro de um sorriso esfumaça no canto da boca quando ele olha para o lado com olhos de brilho frio para ela.
A garota que, em gráfico de tempo-sonho, um dia foi a garota dos sonhos. Tocando o pescoço de madeira, a pele gelada da rua toca a pele fria da morte - ele sonha com um jardim na lua, ela lamenta a falta de sorte - para sussurro de poesia despoética no canto do ouvido. A voz dele perfura a escuridão.
Ah--, de costume as pupilas dilatam, a têmpora escorre, a jugular trava e pulsa. Engole em seco em desejo de conhaque, tão acostumada com o êxtase heróico que o ventre aborta as juras de dor. Sentado na cama, nana a espera como quem despeja areia n'olhos dela. Torce por uma última noite de devaneio nos lençóis, de castelo de areia onde ela lembra d'vagar pela praia.
Alucinando em meio sonho, ela escapa para o lado mais uma vez, em deslize de sangue contaminado. Ela vê ele entre seus peitos, sentido o queixo de barba que nasce pinicar a caixa toráxica e o resto do corpo descendo com o seu, misturando suores. De cabelo caído na cara, ele libera o sorriso de filho da puta para um passeio, com a saliva engrossando pra'zedar a boca. Daqui em diante é só veneno.